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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
NOME: JOÃO (Nome Fictício)
SEXO : MASCULINO
IDADE : 28 ANOS
Muito dos fatos que vou detalhar aqui são fortes.
Minha história com a síndrome de pânico é longa. Minha mãe sofreu muito com a SP; na época, eu tinha 7 anos de idade. Eu sempre tive um pai ausente (alcoólatra), e que batia muito em mim e na minha mãe. Então, ela se apegou a mim. Lembro das noites em que ela me chamava para ir dormir com ela, porque ela achava que ia morrer, ou que iam invadir a casa.
No começo da minha adolescência, comecei a apresentar uma tristeza que minha mãe achava incomum, então fui ao clínico geral, que diagnosticou depressão. Aos 11 anos, comecei a tomar fluoxetina, meu primeiro de uma série de psicotrópico.
O tempo foi passando, e eu só piorando... tomei, além da fluoxetina, bupropiona, lamotrigina, seroquel, citalopran, valium, lexotam, haldol, natrum, valeriana, rivotril, sertralina, amitriptilina, risperidona... enfim, ao todo foram 27 diferentes medicamentos, passagens por clínicos, psiquiatras, psicólogos...
Aos 22 anos de idade, pirei. Resolvi sair de casa. Arrumei um emprego em outra cidade e fui morar sozinho. Pior coisa que já fiz. Descobri o álcool e as drogas. Quase viciei em cocaína e maconha, mas me tornei um alcoólatra inveterado, ia trabalhar de ressaca e acabei, um mês depois, perdendo o emprego. O que fazer? Voltar pra casa? Não, eu não queria. Mas o pouco dinheiro que eu tinha acabou, eu não consegui pagar a pensão em que estava e fiquei na rua.
Passei 4 dias dormindo na rua, os 4 piores e mais longos dias da minha vida. Até que uma mudança aconteceu.
Um senhor me encontra na rua, me oferece comida e abrigo. Eu, desesperado, aceitei. Aquele senhor me colocou dentro da sua casa, onde comi, tomei um banho, voltei a me sentir um ser humano. Aquele senhor começou a me falar do amor de Jesus por mim, o quanto Ele me amava e me queria por perto. Eu, que até aquele momento tinha sido ateu, testemunhava ao vivo o amor de Jesus. Eu o aceitei como meu Senhor e Salvador e as coisas começaram a mudar pra mim.
Esse senhor me deu dinheiro para voltar pra casa, onde procurei uma igreja e comecei a servir a meu Deus. Procurei também um novo psiquiatra, o qual me deu um novo diagnóstico: eu era bipolar. Com o tratamento mudado, os medicamentos ajustados, eu comecei a sentir melhoras na minha vida.
Na igreja eu encontrei meus primeiros amigos de verdade. Comecei a me envolver com o trabalho da igreja, fiz aulas de canto e comecei a cantar lá. Em 2 anos eu me tornei ministro de louvor, líder dos jovens, professor de canto e secretário de atas da igreja. Enfim, minha vida toda acabou ficando ali. Dediquei todo o tempo e todas as minhas forças lá.Saíamos para excursões, acampamentos, viagens...
Mas aconteceu um porém, algo que modificaria minha vida novamente.
Por causa dos problemas que eu sofri na infância/adolescência com a minha família, eu adquiri sintomas muito incomuns da bipolaridade: alucinações. Eu via coisas acontecer e não conseguia discernir se eram reais ou não. Só depois de um tempo "caía a ficha" e eu descobria q não eram reais. Além disso, vieram lapsos de memória às vezes, por causa do abuso de medicamentos. Eu tinha alucinações nas quais meu pai estava batendo em mim... E eu ia contar para meus amigos, mas eu pensava q tinha sido real.Eles ficavam mal, preocupados, tristes por mim... mas tempos depois caía a ficha e eu ficava atormentado, pois percebia q tinha sido uma alucinação e eu tinha mentido para meus amigos. Só que eu não tinha a coragem de contar pra eles, pois sabia q não iam entender.
O tempo passou e muitas dessas ocasiões ocorreram... até que um dia meu pastor ficou sabendo e conversou com meus pais... eles ficaram chocados e desmentiram tudo. Meus amigos ficaram com raiva de mim... eles não entendem q foi por culpa da doença; Perdi meus ministérios, cargos, não canto mais no louvor, enfim por tempo indeterminado estou afastado de tudo, e com todo mundo me odiando.
Quando tudo isso aconteceu, tive uma crise nervosa; fiquei 2 dias sem conseguir falar... e daí começaram as crises de pânico mais sérias. Uma noite, pensei ter um infarto e fui levado de ambulância para o hospital; tinha constantes dores no peito, medos de tudo, o coração disparado o tempo todo, passei 4 noites sem dormir, fiquei 1 mês de cama... E to nessa agora, perdidinho, sem saber o que fazer... tem dias q fico pensando, me dá um desespero...De vez em quando parece q minha vida acabou...
Mas já apresentei melhoras. As crises se tornaram menos frequentes e mais brandas. O conhecimento sobre a doença ajudou muito. Estou no começo de uma grande batalha, mas tenho fé em Deus que vou vencer.
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1 comentários:
Cara, sei que não é fácil pra quem tem SP ouvir (ou ler) isso, mas força cara.
Passando por tudo isso que passou, e sendo a pessoa gente boa que você tem sido, você já é um vencedor. Pelo menos pra mim.
Abraços cara.