A Síndrome do Pânico, é um dos transtornos de ansiedade mais comuns e incapacitantes, quando não corretamente diagnosticado e tratado. Apresenta prevalência de 1,5% até 3,5% na população geral, e sua frequência entre as mulheres é duas vezes maior que nas dos homens.

Comumente ocorre em associação com sintomas de depressão (50% até 65%) ou como comorbidade a outros transtornos ansiosos. A possível relação de beneficio propiciada pelos exercícios físicos na Síndrome do Pânico também tem sido estudada. Uma característica desta população é a crença de que exercícios físicos possam ser maléficos ou ainda, desencadear ataques de pânico, o que justifica o comum estado de sedentarismo entre estes indivíduos.

Os pesquisadores também destacam que estes indivíduos, mesmo atingindo um bom condicionamento cardiovascular – semelhante aos controles saudáveis – consideram seu preparo físico - de forma distorcida - como inferior ao dos indivíduos saudáveis.

Em estudo um realizado com pacientes hospitalizados, verificou-se que após 2 minutos de atividades físicas programadas, apenas os pacientes com Síndrome do Pânico apresentaram escores aumentados de ansiedade, se comparados a grupos com pacientes depressivos e pacientes saudáveis.

Sendo assim, investigam-se as possíveis contribuições da abstinência de exercícios físicos em pacientes com Síndrome de Pânico, os quais experimentaram, tanto objetiva quanto subjetivamente, aumento dos níveis de ansiedade quando realizam exercícios físicos.

Dados de que aproximadamente 20% dos pacientes com palpitação são subsequentemente diagnosticados portadores de Síndrome de Pânico justificam a recusa prévia em 92% deles de praticarem atividade física intensa.

A maioria dos estudos tem demonstrado a relação entre atividade física aguda e a redução da ansiedade durante os ataques pânico, porém ainda não se demonstra claramente a relação da atividade física a longo-prazo com melhoras nos mesmo sintomas.

Fonte: O Exercício Físico como Terapia Médica.