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terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Quando os pacientes chegam ao psicólogo Norman B. Schmidt reclamando de ataque de pânico, ele faz a seguinte pergunta: "Você toma café? E, por acaso, sua ansiedade ataca logo depois que você bebe, vamos dizer, de manhã ou indo para o trabalho?"

Se a resposta for positiva, Schmidt tem um tratamento surpreendente: mais café. Mas agora esses pacientes tomam seu cafezinho enquanto reparam em suas reações físicas. Deste modo, espera Schmidt, eles aprendem a reconhecer as palpitações cardíacas e o pulso acelerado com o que realmente representam: euforia induzida pela cafeína.
O que preocupa os pesquisadores é o papel da cafeína na síndrome do pânico e outros problemas relacionados à ansiedade. Na verdade, o poder da cafeína se tornou tão conhecido e reconhecido pelos médicos que a Associação Norte-americana de Psiquiatria acrescentou três distúrbios relacionados ao café em sua lista de diagnósticos oficiais: intoxicação por cafeína, ansiedade relacionada à cafeína e distúrbios do sono gerados pela cafeína.
"A cafeína é a droga que produz alterações de humor mais usada no mundo", diz Roland Griffiths, professor do departamento de psiquiatria e neurociência na Johns Hopkins University School of Medicine.
"As pessoas sempre vêem o café, o chá e os refrigerantes como bebidas comuns e não como veículos que carregam uma droga psico-ativa. Mas a cafeína pode exacerbar a ansiedade e os distúrbios do pânico", concluiu.
A preocupação dos médicos não surpreende. Enquanto o consumo de café subiu seis por cento nos Estados Unidos, cresceram também a síndrome do pânico e outros distúrbios de ansiedade, que se tornaram as doenças mentais mais comuns no país
"Se você tem tendência a ser uma pessoa ansiosa", diz Schimidt, "usar muita cafeína pode ser arriscado".
Tecnicamente, a cafeína age bloqueando a função depressiva de uma substância chamada adenosina, diz Griffiths. Para a maioria das pessoas, o resultado é uma agradável sensação de energia e concentração. De fato, um estudo britânico publicado em outubro último no jornal Human Psychopharmacology confirma o que a maioria dos fãs de café já sabe: a cafeína aumenta a percepção, a concentração e a memória.
Mas beber mais café do que a quantidade a que se está acostumado pode causar os distúrbios. E em pessoas predispostas a distúrbios de ansiedade, a cafeína pode detonar uma série de sensações -- palpitações, transpiração nas mãos, um zumbido nos ouvidos -- e tudo isso leva a um ataque de pânico.
O que faz com que alguns sintam pânico e outros apenas uma agradável sensação de alerta? Pessoas suscetíveis usam os efeitos da cafeína como um bloqueador de depressão. Uma vez que isso acontece, a ansiedade pode se descontrolar. Enquanto muitos param de beber café, outros deixam de fazer qualquer coisa que estejam fazendo quando atacados pelos efeitos da cafeína.
Alguém que bebe café de manhã e depois sai para trabalhar, por exemplo, pode atribuir a sensação de pânico ao trânsito na hora do rush, e não à cafeína.
Para auxiliar pacientes com síndrome do pânico e distúrbios de ansiedade, psicólogos normalmente pedem que eles controlem o consumo de cafeína enquanto aprendem a controlar suas próprias reações físicas à substância e interpretar os sintomas. Uma taquicardia, por exemplo, é a reação normal do corpo a um estimulante como a cafeína -- e não o sinal de um iminente ataque cardíaco.
Mas nem todos os psicólogos acham que cortar a cafeína é a cura a longo prazo. Norman Schmidt, professor associado de psicologia na Universidade de Ohio, é alguém que receita café como parte do tratamento. O objetivo é ajudar os pacientes a confrontar seus medos internos e aprender a distinguir o pânico sem fundamento de uma ameaça real.
O tratamento começa com golinhos de refrigerante até chegar a canecas inteiras de café.
"Eles não se sentem ótimos, mas aprendem que podem ter essas sensações sem que algo terrível aconteça", diz Schimidt. "Podíamos repetir isso para eles várias vezes, mas eles precisam sentir na pele."
O teste final para que Schimidt se certifique de que o paciente superou o pânico? Tomar um expresso triplo sem sofrer um ataque nervoso.




Minha Opinião:

Baseado nesse tipo de estudo, eu resolvi fazer meu próprio experimento com a cafeína.
Como sou um viciado em café e chocolate (outra substância com uma boa concentração de cafeína), resolvi passar um dia inteiro na base do café e alguns chocolates. O objetivo: 3 litros de café Melitta extra-forte, sem leite e sem açúcar (normalmente tomo 900ml de café por dia).
Comecei a tomar café lá pelas 9:00, uma xícara de 300ml por vez, e continuei até as 16:00.
Resultado: Parei aos 2,7 litros. Tive uma dor de estômago antes de ter qualquer tipo de crise de ansiedade (tive um pouco de ansiedade apenas meia hora após ter parado o experimento, porém nada muito grave se comparada àquelas a que estou acostumado a ter durante crises de pânico).

Outro teste: Tentar ficar sem tomar café.

Nos dias que resolvi não ingerir nenhum tipo de alimento ou bebida contendo cafeína tive fortes crises de pânico ao final da tarde, como essas crises me pareceram mais intensas que as normais, suponho que seja algum resultado da abstinência de cafeína, então, se você toma café em uma quantidade considerável e quer parar, recomendo ir diminuindo aos poucos, e não de uma só vez, pois a cafeína produz forte dependência.


AVISO IMPORTANTE:
CUIDADO, O EXCESSO DA INGESTÃO DE CAFEÍNA PODE SER PERIGOSO, MEUS EXPERIMENTOS FORAM FEITOS POR MINHA PRÓPRIA CONTA E RISCO. NÃO RECOMENDO A TENTATIVA DE QUALQUER EXPERIMENTO SEMELHANTE. MINHAS CONCLUSÕES FORAM TOMADAS SEM NENHUM TIPO DE EMBASAMENTO CIENTÍFICO, SÃO APENAS SUPOSIÇÕES.

Atenção!
As respostas ou assuntos abordados nesta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psicologia e não se caracterizam como sendo um atendimento, portanto use somente como fonte de pesquisa.

Esta matéria pode ser reproduzida com aviso prévio aos administradores do Blog mencionando a fonte, caso algo seja publicado e editado é necessário o contato prévio.

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